O secretário estadual do Meio Ambiente, Eduardo Mendonça Sodré Martins, fez duras críticas à Prefeitura de Salvador pela prorrogação, sem licitação, do contrato de R$ 2,6 bilhões com a Battre, responsável pelo Aterro Metropolitano Centro. A empresa foi indiciada pela Polícia Civil em agosto por crime ambiental, após denúncias de desmatamento em área próxima a mananciais.

Segundo Sodré, a decisão da gestão municipal desrespeita princípios básicos de proteção ambiental. “É inaceitável que, em plena emergência climática, se premie uma concessionária sob suspeita. Isso afronta a boa prática ambiental e o princípio da precaução”, declarou.
O secretário ainda afirmou que a capital “vai se transformando em um amontoado de concreto” e criticou diretamente o prefeito Bruno Reis, a quem chamou de “Bruno Motosserra, destruidor do meio ambiente”.

Ele destacou também que decisões recentes da Justiça e do Ministério Público já impediram projetos da Prefeitura ligados à venda e à desafetação de áreas verdes em regiões consideradas sensíveis do ponto de vista ambiental e urbanístico.