Uma bebê morreu após o parto no Hospital Municipal Esaú Matos, em Vitória da Conquista, e a família acusa a unidade de negligência médica. A mãe, Kelly Prado, de 20 anos, relatou que a gestação transcorreu normalmente até 41 semanas. Ela deu entrada na unidade na sexta-feira (6) para indução do parto, procedimento que durou mais de 40 horas. Apesar dos pedidos para uma cesariana, ouviu da equipe que a bebê estava bem e deveria aguardar. A cirurgia só foi realizada na madrugada de domingo (8).

A criança, que se chamaria Hilary Melissa, nasceu com sinais de sofrimento e foi encaminhada a uma sala de estabilização, já que não havia vaga na UTI neonatal. Pouco depois, a família recebeu a notícia do falecimento, fato que gerou grande comoção e protestos por parte dos parentes, que responsabilizam o hospital pelo desfecho trágico.
Em nota, o Hospital Esaú Matos manifestou pesar e informou que a paciente deu entrada no dia 5 de setembro, às 6h54, com 41 semanas de gestação e sem sinais de trabalho de parto ativo. A instituição afirmou que toda a equipe atuou dentro dos protocolos reconhecidos pelo Ministério da Saúde e que a indução foi indicada como medida necessária em gestação avançada sem evolução natural. O caso reacendeu o debate sobre a qualidade do atendimento obstétrico na unidade.