O humorista Léo Lins foi condenado a oito anos e três meses de prisão pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, sob a acusação de disseminar conteúdo discriminatório em um vídeo publicado no YouTube. A decisão judicial foi emitida na última sexta-feira (30) e ainda está sujeita a recurso por parte da defesa.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o material veiculado por Lins extrapolava os limites do humor e da liberdade de expressão, configurando incitação ao preconceito e à intolerância contra grupos sociais vulneráveis. O vídeo, que alcançou cerca de três milhões de visualizações antes de ser removido da plataforma, continha piadas consideradas ofensivas a minorias.
A Promotoria sustentou que, ao invés de entretenimento, o conteúdo promovia discursos de ódio e reforçava estigmas sociais, o que motivou a ação penal. A sentença reacende o debate sobre os limites éticos e legais da comédia, especialmente quando disseminada por influenciadores com grande alcance digital.
Até o momento, o comediante não se pronunciou oficialmente sobre a decisão. A defesa afirmou que pretende recorrer da condenação.