Apesar do início do ano letivo em fevereiro, dezenas de crianças com deficiência e transtornos do neurodesenvolvimento seguem fora das salas de aula da Rede Municipal de Ensino de Vitória da Conquista. O motivo é a ausência de cuidadores escolares.
A situação afeta alunos com condições como autismo, síndrome de Down e TDAH, que dependem de apoio individualizado para participar das atividades escolares. Em diversas unidades, embora a matrícula tenha sido efetivada, os alunos ainda não frequentam as aulas devido à falta de estrutura adequada.

Segundo relatos de famílias, algumas chegaram a acompanhar os filhos nas primeiras semanas do ano letivo para tentar manter o vínculo escolar, mas, sem perspectiva de assistência contínua, foram obrigadas a afastá-los das atividades.
A exclusão temporária dessas crianças do ambiente escolar representa um retrocesso em políticas de inclusão e um impacto direto no desenvolvimento pedagógico, social e emocional dos estudantes. Do que adianta reformar colégios municipais se a educação não é garantida para todas as nossas crianças?